Num mundo no que - já demos os campos
as florestas
já vendemos as águas engarrafadas
os montes em pedras cortadas
já vendemos ao mar e as quotas
as agropecuárias notas
que nos encheram de comboios de comunidades acelerados
que enviamos e vendemos os nosso filhos
os licenciados
para todos os lados
más madera! más madera!
para vender o que "fuera"...
assim vamos
assim seguimos
e nem pesamos
que os próximos
a ser queimados
seremos
nós
se não estivermos
bem "fincados"
neste solo nosso chão
neste nosso ser de amar
neste nosso coração
nesta nossa barquinha à beira mar..
esperemos que "Groucho
"não tivesse razão
e que os "loucos de Lisboa"
também não
veste de cinzento
com a conversa lá crava a bica
e ao partir
ainda
agradecia...
personagens de ecrã...
que não aparecem na manhã
são os tais que nos põe a podar
as árvores nosso lar
a vender e quotizar
a vida que não se pode pautar
mudam o calendário
das eleiçoes
a mesma rosa no olhar
que não mede os dias que vagueiam
a cravar moedinhas
"às meninas que passeiam"...
centrais e democracias
algo que é verdade a meias
que nem esquerda nem sinistra
representa assim quem o seja
São os loucos de Lisboa
que nos fazem arredar
doesse mundo corolário
o que os avós vieram ensinar...
Sem comentários:
Enviar um comentário