terça-feira, 25 de novembro de 2014

Rosalia e os negros - que somos nós rosas - se invertimos os caminhos e do betão ao coração - nem germinamos nem em flores de luz assim nos transformamos










Campanas de Bastabales,
cando vos oio tocar,
mórrome de soidades.







Sinos das "Avé Marias tocadas em Fátimas - a quando do levantamento da Basílica"  - benzida e terminada em 1953 - estranho que os "sinos da "Avé Maria toquem antes de 1885 - segundo Rosalia;

Fala Rosalia de "Batabales" - CASTRO e CAPITAL ANTIGA da raínha "Lupa" - Loba - que um tal S. Yacobus, Jacob - veio converter ao cristianismo - aqui e "joga todo um poema que é misto de fábula, de lenda e da tensãoentre opostos do "culto da "Raínha da terra" - e dos cultos Romanos "Cristãos - que invasores - se infiltraram e tomaram as "vestes" dos cultos autoctones...
de Uma menina que se vê saltando por entre outriros como uma cabritinha livre - a ver-se entre as lápides e mros de um claustro;
de Uma jovem que sobe às vaigas e está entre as peras bulideiras e vê na lua - pálida -  e as estrelas das areaolas coroadas de diamantes das imagens de cera às que fala e não respondem e que toma a imagem da S. De Fátima - erro crasso - como figura votiva que encabeça uma marcha pelo claustro em direcção á capela da congregação onde de rezam - vai clara e à frente... põe-se detrás das rochas ou do horizonte - regraa uma vez mais... tem pombas aos pés e nuvens... e pousa num arranjo de fetos e plantas sem floriir...


I
Cando vos oio tocar,
campaniñas, campaniñas,
sin querer torno a chorar.

Cando de lonxe vos oio
penso que por min chamades
e das entrañas me doio.

Dóiome de dór ferida,
que antes tiña vida enteira
e hoxe teño media vida.

só media me deixaron
os que de aló me trouxeron,
os que de aló me roubaron.

Non me roubaron, traidores,
¡ai!, uns amores toliños,
¡ai!, uns toliños amores.

Que os amores xa fuxiron,
as soidades viñeron...
de pena me consumiron.

II
Aló pola mañanciña
subo enriba dos outeiros
lixeiriña, lixeiriña.

Como unha craba lixeira,
para oir das campaniñas
a batalada primeira.

A primeira da alborada
que me traen os airiños
por me ver máis consolada.

Por me ver menos chorosa,
nas suas alas ma traen
rebuldeira e queixumbrosa.

Queixumbrosa e retembrando
por antre verde espesura,
por antre verde arborado.

E pola verde pradeira,
por riba da veiga llana,
rebuldeira e rebuldeira.

III
Paseniño, paseniño
vou pola tarde calada
de Bastabales camiño.

Camiño do meu contento;
i en tanto o sol non se esconde
nunha pedriña me sento.

E sentada estou mirando
como a lua vai saíndo,
como o sol se vai deitando.

Cal se deita, cal se esconde
mentras tanto corre a lua
sin saberse para donde.

Para donde vai tan soia
sin que aos tristes que a miramos
nin nos fale nin nos oia.

Que si oira e nos falara,
moitas cousas lle dixera,
moitas cousas lle contara.

IV
Cada estrela, o seu diamante;
cada nube, branca pruma;
triste a lúa marcha diante.

Diante marcha crarexando
veigas, prados, montes, ríos,
onde o día vai faltando.

Falta o día e noite escura
baixa, baixa, pouco a pouco,
por montañas de verdura.

De verdor e de follaxe,
salpicada de fontiñas
baixo a sombra do ramaxe.

Do ramaxe donde cantan
paxariños piadores,
que ca aurora se levantan.

Que ca noite se adormecen
para que canten os grilos
que cas sombras aparecen.

V
Corre o vento, o río pasa.
Corren nubes, nubes corren
camiño da miña casa.

Miña casa, meu abrigo,
vanse todos, eu me quedo
sin compaña nin amigo.

Eu me quedo contemprando
as laradas das casiñas
por quen vivo sospirando.

..............................

Ven a noite..., morre o día,
as campanas tocan lonxe
o tocar do Ave María.

Elas tocan pra que rece;
eu non rezo que os saloucos
afogándome parece
que por mín tén que rezar.

Campanas de bastabales,
cando vos oio tocar,
mórrome de soidades




Campanas de Bastabales: quando vos oio tocar, morro-me de soidades

Quando vos ouço tocar
“campaninhas”, “campaninhas”,
Sem querer torno a chorar




que a tradição da terra
seja pelos castelões de castela submetida
que as gentes livres
vivam escravas
por palavras mal entendidas
e por «virgulas
onde as não havia

queme screvia
"ama - farás o que és"
escrevida e sabia

quem dizia - estão connosco - na cura - então não os,não as prohíbas
quem dizia - que amar era a lei baixo a lei
e que as leis -a  Humanidade inteira serviam - como podiam?
como podiam?

dizia A Rosa que lia - que os livres - que saltitavam como cabritas - entre penedos
que apreciavem os verdes arv«boredos
que sabiam dos rios e dos campos ledosé que viam luz de amor - luz de mar sobre o mar
que iam para os "castelões de castela" e dalia - já não mais sabiam voltar


seja salgueiro a teresa, seja salgueiro a sara - seja vidal o salgueiro - seja sara princesa a se lembrar - algo nos lembra - que livres ficamos, que bem acompanhados estamos quenaod o nosso olhar está bem sobre o mar de amar, sobre os elementos em nós assim suaves ou lentos - sabendo por dentroo que por fora nos podem ajudar a lembrar - que existem poucos que ensinem e mais não lembrem aquilo que a anima livre veio aqui fazer, aprender e manifestar...
que vinham "Negros" quando iam como "Rosas"
quando iam - iam eles e elas "puros" da terra"
e regressavam
 - sem saberem da fala ou da da terra que fala
nem saber ouvir e ver e curar 

a  través dela seguir e chegar 
a esse tal lugar
no centro do ser esperando

com doce palpitar nos sustendo 
e amando
em dom universal
se mostrando
Humanidade Universal 
de Fora a dentro
Humanidade NATURAL
nem se impõe, 
nem se faz "sugestivamente" normativa
é sempre Prima, Vera e Viva



um de "Vilar de Perdizes" a anunciar
o que o resto sabe e sabe bem calar
que cresceram no campo
falaram voz da terra
compreenderam a terra
até da terra se arredar
e da terra fazendo inimigo
fizeram a terra mirrar...

cantnado numa vozinha melodiosa
sem entoar
sem se vergar ou elevar
que fala de amar
e pedras frias
e fala de caidos antigos
por fora brancos
aqui de preto ditos
flor de águas
de noites marinheiras
flores que venham
de mares de amares
de ventos nossos
além da esperança dos desertos
os bentos de olhares abertos
e libertos...

que saiba essa estranha "mancha negra em frente a pedra fria"
que sendo a grande minoria
conduzindo os da terra - verde e viva
para onde os da terra - gente boa e bem viva - 

conduxem os povos para onde o seu coração livre bem sabia...


de noite ao luar
de noite ao luar
estrelas e vidas de se encantar

estrelas de flores garridas
desde as águas puras reerguidas
assim ditas
assm escritas
que a "LIS BOA" aind aali não está
apesar de que o nome lá deixaram ficar...

que a "boa lis" estará
na flor
na fror das águas

para quem em espelho de vida e de alma
que em espelho de olhar puro e vivo a souber encontrar

na terra - a gente da terra bem aprendia...
fosse de noite ou de dia 
- minha Rosinha -
 tal como esta Rosa nos lia

e a flor mais bela
assim também espancava:

rei do reino de aquém e além dor
dos mil desejos 
- ficar com o espelendor -

nem ligar, nem dar poder ao que se deseja
é voar nessa luz de amor...
fome e sede?
de infinito
além mente partir 
deixando atrás o "mundo dito"...
tudo o que fora assim outrora escrito
por outrém descrito...
encontrar o teu lugar
e na roda da vida aprender 
de novo 
a dançar
condensar mundos em gritos de dor
de partos de vida e amor

"amar-te assim... perdidamente... SERES ALMA e SANGUE e VIDA EM MIM"
e livre
sempre livre

cantando assim se exprime
a toda a gente
sem se impor
nem se propor
é algo que une
por vero amor...
assim pairando
entre nós
assim se entrelaçando
sem mais intermediário
sem mais ser pobre de rico ou casto

sendo livre
o que abraça e liberta

sendo puro em intenção
se encontra em espelho
essa luz que nos liberta

ámor puro e verdadeiro...


Como Rosalia - Como "Alice Muñoz" nos diria
e todas as outrasvozes ali contidas
entre escritos e vidas e épocas "eferidas"
 que sendo rasgadas, rasgados
por dentro delapidados

mantemos a saudade

desse algo
que vem do mar
desse sal
de lágrima
que - DE ALEGRIA - nos pode libertar

cheia de penas me deito,
e cheia de "penas" me levanta
neste "jeito"
de te querer tanto
e olho a linha de vida
do chaile
da mã. da minha mãe, da minha avó...

e lembro e deito contigo

e se se desse
essa lágrima
que de alegria
me daria passagem festiva
para onde sei que voltarei

assim te voltarei a "viver"


desse vento
o melhor
que vem de Oeste e fala do Grande Amor
que essa alma
que era da noite mais escura e fria
nos diga

que se eu fosse o teu ser
e tu já sendo caminho
indo... além desse tal sopro do deserto
que de este vem
e nos convida
sem nos dar
peito aberto...

se tu fosses a minha pele - se eu fosse teu caminho
estamos untos no centro nunca mais sozinhos

nada ou niguém é dona da alma imemorial
nem ismo, nem sistema de pensamento
pode assim comandar
a força da vidaq ue aqui nos colocou para a reencontrar

nessea braço universal
se ficar
e sendo
assim em bem partilhar
sem esconder
sem fugir
sem se ocultar
palpitando... não mais obscuren«cendo
essa luz por dentro
esse "graal" de vida
essa luz íntima
que lentamente
em verdade se anima...
seres alma... e vida  em mim
dizelo
sem mais ter fim...
amar-te
além mente
seres alma, sangue e vida assim
nesse ser que te cante e te contenha
e te leve
qual fino calice assim te "tenha2 sem te ter
assim te mostre sem o saber
assim te beba- sem te beber
assim te dê
a beber
sem ser de dote
ou savcerdote
sendo apenas livre para o fazer
e bem viver...
e em bem assim partilhar
e olhar
e ajudar outros e outras
por dentro irmãos
de vida
e coração
a bem "voar"
entre as marés do amar
a bem vogar
e sobre as águas das tempestades
dos dias, dos medos, das idades
a saber ir
mrés do além
em ti
e em mim´porto de abrigo seguro´também...

para que a castelã, o castelão - não esmagasse a verdade em peito aninhada´
espeírito livre que sabe bem da sua antiga e nova morada...







Todo ocurrió entre 1619 y 1628 numerosas mujeres de Cangas fueron juzgadas polo Tribunal del Santo Oficio por supuesta "brujería" después de sufrir diversos tormentos acabaron confesando atrocidades siendovíctimas de una invención de los inquisidores que estuvo directamenteprovocada por el empobrecimiento general que siguió a la invasión turca de 1617
.El objetivo primordial era arrebatar la ciertas personas sus "derechos de presentación" en capillas y "freguesías". Consistía este derecho en que los sucesores del fundador de una iglesia podían proponer a su titular cuando quedara vacante, y a su vez participar de los beneficios que aquella generara.
Este fue el caso de la más famosa de las supuestas "brujas" de Cangas, o por lo menos la que más trascendió de su tiempo, inmortalizada en cantar cómo lo que dice: "Ay que Soliña quedaste María,Soliña. Poseedora de derechos de presentación en Aldán y Moaña, entró en las cárceles secretas de la Inquisición en el 1621. Todo el proceso fue dirigido a demostrar que esta inofensiva mujer disfrutaba de poderes demoníacos, capaces de provocar males terribles. . Pero fueron las propias confesiones de María Soliña, provocadas por el suplicio, las que llegaron a rozar el paroxismo. El 23 de enero de 1622 llegó por fin la sentencia. Fue condenada con una confiscación de bienes, debiendo portar el hábito penitencial durante medio año. No sabemos se llegó a cumplir toda la pena, pues probablemente su vida no duró mucho más. Las secuelas físicas del tormento no podían dejar de notarse en una mujer de 70 años de edad. Su acta de defunción no fue encontrada aún. Tal vez algún día descubramos donde reposan sus castigados restos.Otras muchas "brujas" fueron juzgadas durante estos años. Mujeres como Catalina de lana Iglesia, que Elvira Martínez, Teresa Pérez, María de los Santos,...que merecen el respeto de los héroes anónimos de un pueblo que hubo de sufrir, estoicamente, los abusos y la avaricia infame de unos pocos. Tal vez próximas investigaciones aporten joven luz sobre sus vidas, pero la memoria colectiva comienza a reconocer su valor y su sufrimiento.



María Soliña.
(Celso Emilio Ferreiro)
Polos camiños de Cangas
a voz do vento xemía:
ai, que soliña quedache,
María Soliña.

Nos areales de Cangas,
Muros de noite se erguían:
Ai, que soliña quedache,
María Soliña.

As ondas do mar de Cangas
acedos ecos traguían:
ai, que soliña quedache,
María Soliña.

As gueivotas sobre Cangas
soños de medo tecían:
ai, que soliña quedache,
María Soliña.

Baixo os tellados de Cangas
anda un terror de agua fría:
ai, que soliña quedache,
María Soliña.








 De alguém tão conhecido - nem existem practicamente assinaturas.
queimadas as fotos


Esta Rosalia que nos fala, que na assinatura não engana – Sor Alice ~Mnoz – com "cas e tro" separados e um acréscimo “de” de pois apagado – fala neste poema de algo – dual… da rapariga nova que saltitava qual cabritinha entre os penedos e rochas bulideiras e que se lança para as orações primeiras… passando pelas outras – pelas lápides, das antigas – ali enterradas, ali caladas…




Tendo sido rapariga de povo ou de nobreza escusada – pelo seu nome – Castellana – mostra o antes de ter estado – em convento enclausurado – e de pois em liberdade atada – quando de vida já pouco lhe restava…

Não sabemos quem de la a retirou, quem de lá aroubou – sabemos que os libertinos da “desarmortização” – e Valença queimaram Abadia franciscana e que – entre  Clara e o Francisco havia muito ou puco ou nada… fica a lenda irmada – de 1754 na que uma se desfazia e na de que – do outro lado de uma diocese estranha d novo se erguia – uma e outra Santa Maria, “Maria da Oliveiroa”.

Sabemos que estas Ordens de cariz Matriarcal – Tinham como responsável – aqui em Valença – Portugal – algumas vezes trocada de Diocese e feita coisa estranha – coisas para mais tarde comentar – Uma abadessa que respondia apenas ao Arcebispo Primaz – de BRAGA – e nem sequer ao Bispo local. Esta era a força e importância desta gente – à que as gentes das paroquias em volta ainda pagavam ”foral” – fossem as várias paróquias em redor da vila cidade, fossem os comuns no seu labutar.

Sabemos quehá o lugar onde o Brasão de moura Telles ainda está cravado – não sabemos se por baixo de cal ou se colocado em pedra firme – sabemos que foi chacota dos do outro lado, colocarem brasões de prelados em cima de poços – “esmifrados”; sabemos que o lugar da ordem ficou incendiado e que muitas das suas “sor” foram parara outro lado – era os “Távoras”, eram os tremores de terra nas capitais, eram os momentos mais conturbados, “D. Josés” e Pombais e afins, assim entravados, eram os primazes de ascendência real – sendo dos Bragança – misteriosamente a desaparecer ou afogar… uma história ainda negra – por contar – pois quem hoje a conta tem o poder de mandar ou ocultar.
Quase, quase em D. Marias e romances com “orientes” e as coisas que as fontes virgens e puras das gentes mantiveram como tradição e valor e premente.. patuleias e muito mais – e no meio – nem documentos, nem afirmatividade – ouçamos Rosalia para saber da verdade…
(Oliveiras há muitos por cá, menos do lado de lá.. e oliveiras como Brasão – na diocese Tui-Vigo – Porque não?)…

Voltando ao tema – sabemos que a arrancaram de lá – sejam os ventos liberais e o encerramento gradual das ordens conventuais – o delapidar das propriedades, dos prédios e dos lugares e o relocar as entidades, as senhoras e quem mais;
 – sabemos que no fogo” daqui”, foi difícil de as encontrar e de novo relocar – foram-se não se sabe se queimadas no fogo ou nas corporações militares que ocuparam os seus antigos lugares…
 – sabemos que na “Invasão francesa” andaram  a monte – soldados, gente virgem… coisas da vida…
Até algumas de novo se achar – que lhes aconteceu entremeias – seres sem se saber defender… vivendo uma vida inteira da forma como Rosalia nos deixa entrever.

Aqui há um passadiço – mítico – entre a casa do arcebispo primaz e o lugar onde as de clausura acostumavam orar – azo a gente dos trânsitos e dos intercâmbios de chamados “trapichos” é segredo bem guardado – revelando o “entredicho”.

Provavelmente chegando tão longe – fazendo entre seres que negando de dia – se encontravam à noite – sendo assim ponte velada – para quem vivia uma vida – qual Rosalia dizia – “encastelada” – o dizia “Flor Bela Espanca” e o Repete a Rosa neste poesia e noutras…
Ouçamos pois que nos diz – destas “estátuas de cera pálidas”, destas senhoras da Assunção – algumas de braços ao alto, outras de braços em cabeça – qual senhora que aqui se preza- sendo imagem “imaculada”... às que lhes falas e dizem nadas…por serem figuras vazias, por vezes inventadas… por serem figuras de pedras talhadas por mãos bem humanas…
(bem merece a calçada que pisas, bem merecem as pedras – o nome que com amor as alisas e com cada passada da tua vida as rezas – Portuguesas…)

Na triada – terceto tradicional Galego, dos “Cantares” – temos que nos fala a menina antes de entrar, nos fala a irmã e deixa marca a “sor” que assina com seu nome de uma forma estranhamente “verdadeira” – como se não pudesse mentir, à sua premissa de ordem primeira…

Ela houve tocar “campa niñas” – que a chamam – vemos umas que coroam os outeiros nas primavera s- amarelas e verdadeiras e as outras que chamam ao longe – que ela – já separada – “trazia e roubada” de dentro do convento – assim declara… e vamos acompanhando o frio tormento – de a ver saltar por entre as flores e fragas e riachos e arvores e pedras antergas…. E ao mesmo tempo seguindo por entre as pedras dos túmulos das irmãs e nas orações de Laudes, a vésperas – acompanhar uma estátua branca, iluminando os recantos do claustro… com nuvens por baixo… sempre branca ela… por vezes imaginamos a “lua” – se não virmos os diamantes que com a estela – o alo… já analisaremos isto – retalho a retalho.

Sabemos que ela fico “meia” quando de “lá a tiraram” – seja por que quem a tirou seria de liberal condição – e casar quem juramento virgindade – com alegadas filhas de por meio – imagina-se que seja um trauma tão forte como se poderá algum ter noção… outras cousas que se sucediam no convento – pela noite dentro – Rosália também diz – calando – também comenta – assim em metáfora nos comentando…

Nos quatro primeiros tercetos, ela já nos anuncia que chora a vida de jovem menina e jovem mulher… quando houve os sinos chora, e fica – qual alguém de uma rotina tão sólida – agarrada – pensando estar a ser – de novo – chamada…. Diz que lhe dói nas “entranhas” – este rasgar entre a discipiplina e a vida entre a comunidade e a outra – a que lhe deram – chamando-a de liberdade.

Ela depois – em “castellanos de castilla”– discute esta dualidade, esta dupla verdade – ou duplicidade – dos que levam gentes livres – meninos  emenina s- para serem transformados – longe dos rios e regatos, de quem os ame quando regressam – Niacinha, pae, irmán – que por elas dariam tudo – por aqueloutros – que fazem dos galegos livres “em épocas de servidão" – seres que voltam como “negros” – negras vestes e negros costumes que não admitem as tradições dos próprios de onde se ergueram – e que em noites de invernia, entre as meigas senhoras – partilharam e foram… deste “negrume” – desta esquizofrenia de ser e existir – ela depois se queixa e diz que os odeia – por isto fazerem – às gentes da terra – transformando-os em vida –em algo que depois nem se encontra – nem se deixa encontrar – veremos isto nos próximos “post” acerca de Rosalia e dos Cantares;

Voltando às campanas de BASTA BAL ES:
Ela refere que – quem a tirou desta clausura – nem foram amores – que esta atitude… uma carta, algo que interdissesse a devoção de uma noviça – dava direito a interdição de “noviciato” (noviças – grau inicial das jovens a se integrar como “sor” ou “freira” e os seus vários graus dependendo da ordem) e a passar – excluída da ordem - a mulher consagrada:
– entre o povo e o viver do povo… vetada – com juramentos de castidade e afins – e sem a pertença á comunidade monástica…

Os amores – diz Rosalia – já fugiram .-a idade dos amores “tolinhos” ou “traidores” já se passara quando a “libertinação” a libertara…
Vemos aqui uma mulher de meia idade bem assumida – que sai de pois de mais de meia vida de vida dentro de claustro. Vemos também o efeito das ditas revoluções e dos seus efeitos – sem referencias, sem locais antergos, gentes desfeitas por fora e por dentro… sabemos dos ventos “liberais” quando os Francos portentos entraram pelas nossas capitais – sabemos que já ca dentro houvesse quem ansiara – como 1832 e os canhões de quem assim – se assumia e firmava – sabemos disto e de Rosalia – sabíamos pouco – ouçamos que nos diz – entre verso de são e verso de louco…
Parte dois – voamos com a Jovem Rosalia – ao mesmo tempo que com a noviça – com a que antes não estava entre paredes e a que corre para as orações primeiras nas matinas – quando criança subia aos outeiros – livre – para ouvir a primeira badalada- agora – por dentro assiste – à chamada.

Ela depois no terceiro terceto – passa para a “primeira da alvorada” – da criança livre que ouvia é a noviça que agora nos fala. Que “ma traem” – nas suas asas… um andor de imaculada ou de imagem devocionada – que avança pelo claustro até ao lugar de oração – concentrando a congregação em passos de introspecção antes de comum celebração e canto… e como corre esta Rosalia –q eu de seu coração estaria – ainda vivenciando – por dentro – o outeiro, o céu soalheiro, o Horizonte e liberdade – que ela mesma sente e diz – “qual cabra ligeira” – subia as pedras bulideiras – para ouvir as campainhas dos sinos – lá em cima… ela que seria das veigas e das gentes mais primeiras…

Pra ver melhor – é que “lha trazem” para seu consolo – ela depois a compara à branca lua – iluminada por círios – nas orações do fim da tarde e da noite – aqui – em pleno madrugada alva – uma figura de cera – que vai em andas – que lha trazem para seu consolo…
“para me ver mais consolada”

Para a ver menos chorosa – sendo noviça e nova no tempo que está enclaustrada – lhe trazem a imagem da virgem – seja imagem da “exaltada” – qual a imagem ali cultuada fica para ser desvelado entrelinhas… já o veremos;

Esta é “alvoroçada e queixosa”, qual a imagem portentosa que assim se passeia no claustro – foge novamente Rosalia, queixosa ela – com um tremor ledo – seja o tremor do andor seja o tremor dela – se evadindo enquanto avançam, seguindo – na ladainha cantando e ela olhando – ali meio estando, dali meio se evadindo…
E passamos ao prado verdejante, por cima da verde pradaria… ela até então rebuldeira, rebuldeira, entre pedras bolideiras… e depois passamos a vê-la caminhar – de mansinho – calada – a caminho de basta bales – de basta – bal es caminho…

Vemos as pedras de respeito – lá dentro – no claustro – os números se m nome de quem lá já, quando passam pelo esquina – recanto com lugar próprio dentro do próprio claustro e lugar da congregação – onde as lápides descansam
 – e Rosalia volta ao momento no que a levaram menina, caminha pelo claustro – até à oração da tarde- e é contento para Rosalia ente tempo – no que se lembra e imagina – e nessas “pedras” se senta – esta que já crescida – na congregação – Sor já talvez – se senta sobre as pedras e relembra quem “és”…

Por de Sol – Oração – e  a divagação da criança, menina, mulher irmã – para a nova litania, a nova circulação – atrás da luz que – saindo – vai “correndo” não se sabe para onde… para onde irá – aquela “tan soya” para todas aquelas raparigas e  mulheres que “tristes a olhamos” – qual o ídolo, qual a imagem, qual o caminho – diz Rosalia – que aqui também nós trilhamos?...

Vemos esta crivagem – como depois daremos enfase – no diálogo entre a Rosalia “rapariga livre entre outeiros, saltando qual cabritinha livre por entre penedos” e a “castellana de castela” que ela traz dentro e que dão azo e são contexto e fundamento dessa tal sua vida de sofrimento – “meia me trouxeram” e de lá – meia a 2roubaram” – pois quando foi menina –a enganaram… e disto não se queixa ela – pois de nada lhe lembra… veremos depois o que sucede ao final do dia e como é o coração torturado e vivo, amante e restrito – contrito e expedito desta tal “rosalia” – Sor Alice Muñoz

Assim a imagem- que por vezes é dita de pálida cera – relativamente à mãos –
“que se ouvisse e nos falara, muitas coisas lhe diria, muitas coisas lhe contara”

Vemos o Halo coroado de diamantes, a nuvem sobre a que se pousa, por vezes a branca plumagem de uma pomba – talvez a senhora de Fátima – “triste a lua vai adiante”…

Assim chegamos aos dois ápices dos “mistérios rosalianos” deste primeiro capítulo – “ONDE ESTEVE” Rosalia – em que convento e ordem e que passava por dentro nesse local – que estranhamento no lo conta de forma directa e ao mesmo tempo discreta.

Sor Luzia – que observou milagre em 1912 – foi enviada para uma congregação de Tui – Pontevedra – na Galiza. Estranhamente ou não, estaria ali algum culto mariano a ser desenvolvido?

A Imaculada, estaria com outras vestes -  a partir desta data haveria culto da imagem de forma explícita. Fica o interregno pois a autora é mistério – destruiu ou mandou destruir fotografias e inéditos e diz as várias versões, que nem se sabe quantos filhos nem quem seriam – e que seria um padre – cura – presbítero – o encarregue de queimar os seus manuscritos.
Assim avançamos “pela noite escura” – que ela refere num dos seus poemas (referida a S.João da Cruz e de linguagem litúrgica habitual), tal como não pode uma certa “Irmã Lucia”, publicar nada do que escrevera ou nada do que disse saiu a publico:
 a não ser por mão e obra e tempo de vaticana vontade… veremos que – por acaso – talvez as duas tenham estado no mesmo lugar, com algum tempo de diferença entre elas;

Terceto 60 – adiante vai clareando – com as velas ou pequenos velamos de base plana apoiados no andor – Rosalia vê veigas e prados e montes e rios…

Falta-lhe o dia – é noite escura, e baixando pouco a pouco “por montanhas de verdera” – os fetos e as plantas não ornamentadas que correspondem ao lugar onde se coloca a imagem aquando da celebração – ainda habituais em certos lugares.

Verdura e folhagem, salpicada de “fontinhas” – desses que sendo circulares e de latão – pequenas lamparinas que acumulam a cera e a fazem luzir qual aguas – no ambiente do claustro, no silencio, prévio às orações ultimas – dão a imagem da Rosalia indo no tempo para o seu querido ambiente campestre – estando ali – silente, possivelmente em genuflexão – esperando a que a irmã que lesse a oração ou a cantasse começasse o ritual… vemos as duas: Alice e Rosalia – nome literário e nome real – disputando ou gerindo algo estranhamente incompleto e que não terminou de se enquadrar ou completar – tal como lemos posteriormente nos “castellanos de Castilla”;

Baixo essa Ramagem – os “passarinhos piadores” – que são as noviças – que cantam no coroadas orações pela matina a “vesper” – “que co’a aurora se levantam” – são esses ainda “passarinhos piadores” que nos contam o que – pela noite – se passa.
Pela noite os “passarinhos piadores adormecem para que cantem os “grilos” que “coas sombras APARECEM.

Os grilos cantam também durante o dia… daqui os passadiçoes entre a morada do Arcebispo Primaz de Braga nas suas visitas de revisão às Franciscanas de alença – que apenas ficaram os doces conventuais típicos da ordem – e daqui o que nos conta Rosalia – as CAPAS de tais seres – cortadas em dois atrás e os seus barretes antigos… e o que nos comenta DEPOIS de que “TODOS ESTIVESSEM A DORMIR”;
Corre o “vento”…
Correm nuvens – noviças de branca alvura, albas -  correm pelos corredores… a “caminho da minha casa”;

A minha casa, meu abrigo…

Como diriam as escrituras – para se fechar silente no quarto e rezar ao invisível…

Vão-se TODOS, eu me quedo
Sem companha nem AMIGO

E – depois deste – esvoaçar de nuvens, que vão para o quarto da Sor, depois de que todos se vão e de que amigo nem fique… ela fica contemplando – “as lareiras” das outras tais “casinhas” – lareiras avermelhadas… de fogo vivo assim mostradas…
E mostra o que é – “as lareiras das casinhas por quem vivo suspirando”

Repita-se – POR QUEM – vivo suspirando…

Agora o outro MISTÉRIO – acerca de Rosalia (Alice Muñoz) – onde estaria esta “clausura” da que sai em período liberal  - feira meia – sempre meia de si… tal tortura lenta, tal falta de referencia viva, tal confusa existência apenas se chame de amargura – algo que ela refere vezes sem conta na sua poesia:

“Vem a noite… morre o dia…”
Esta linguagem é digna – pois anoite já era entrada – nos tercetos anteriores – entenda-se o eufemismo de profunda tristeza e de morte da esperança:
Quando os sinos tocam ao longe (lembrar que ela está em ambiente conventual – estes que tocam são da “outra margem – são de Portugal – veremos bem porquê” – são os que tocam uma oração – que se lembra e tem “tom” desde “FATIMA em 1912, e que, provavelmente conheceu alguém com o nome de “Lucia” e com ela conviveu em tui– por isso – as primeiras edições de Rosalia – apenas são fiéis a alguém que viveu uma vida dupla – e que são assim lançadas desde Madrid deforma estranha e apressada, com esta simples linha que ESMAGA todas as datas anteriores:

“Vem a noite… morre odia…
Quando os sinos tocam ao longe
Toque das “AVE MARIAS”

Esta oração típica, ouvesse ainda defronte a Tui, do outro lado do minho, marcando as horas da madrugada – em badalada soada “
Avé, avé, Avé maria… Avé, Avé.. Avé Maria”…

"Os três pastorinhos cantando lá vão…"

Este é um excerto de uma melodiaque se canta – de forma popular tal como descrito acima, de forma curcuncrita no adeus à “imagem” da virgem – na Cova da Iria – em Fátima – Leiria – Portugal… ainda se podem ouvir estes toques por toda a zona envolvente ao Mosteiro de S ta Maria da Oliveiroa na actualidade…

No final – compulgente – ela abafa entre soluços – e perante os ecos dos sinos que convidam qualquer que os ouça a rezar à senhora de Fátima – “Avé… avé… avé Maria… Avé… Avé… Avé Maria…” ela “não rezo, que os saloucos – soluços – afogando-me parece
Que por mim têm que rezar” – depois desta servidão e escravidão – interior e exterior…
De se ter visto acriança que crescia livre e saltitava por entre os rochedos – e que os leva bem vivos na memória – ao escrever sobre a vida e rotina e litania conventual.. ao escrever como a “tiraram” de lá – meio viva, meio-morta, sabendo já que seria muito difícil enquadrar uma vida “normal” e – confessando que muito por ela haveria rezar – esta senhora nada teria de ”responsabilidade” – nos sistemas antigos tendo entrado criança – sendo apenas – MAIS UMA DOS MILHARES geridos pela igreja em tenras idades para assim estarem…
Seja ela – seja outrem – que seus escritos são mistério – pois reescritos, com erros estranhos, reformulados – tal como sua assinatura (reformulada com o “de” que pode indicar algo como ligação a alguém ou estatuto nobre) e seu nome…

No final – não sabemos quem – sabemos que nos conta uma história – dentro de um período independentista, ruralista, autodeterminado dos vários livre pensadores Galegos e alguns do estrangeiro… que são apologistas desta auto-suficiência.
Que a tal Alice Muñoz – tenha sido mais uma “mártir” ou símbolo deste proclamo, deste movimento, desta elaboração de ícones e símbolos que promovam uma visão de figuras inspiradores para a classe agrária e proletária – se fossemos comunistas – ou para o tal “ruralismo” por tantos sonhado – é apenas o sinal de que – já naquela época – os ismos de ambos os lados, os “idealistas” e os “ideólogos” se serviam de pessoas para fins abstractos e que os “verdadeiros elementos de referencia” – os idosos e os que são de saber e saber fazer – jaziam apartados e um lado quando eram os políticos – da esquerda ou da direita – os do “fascio” e clero ou os da estrela vermelha cravada em bandeira “albi-celeste” ou os das três cores nas linhas entre vermelho amarelo e roxo – os que tiravam das pessoas e preparavam VENTOS DE TEMPESTADE que depois tiveram portas abertas por esta FALTA DE ENRAIZAMENTo – nos mais velhos, nos  firmes esteios, nas tradições dignas, milenares, da verdade e sabedoria de quem respeita a terra e as gentes e é da terra e com as gentes e salvaguarda a vida- sem a truncar em pedaços – como esta vida aqui descrita, nem a trancar entre paredes, nem a levar às ruas em massas para gerarem movimentos que alimentem outros poderes que – a curto ou médio prazo – lhes retirem ainda mais daquilo que saíram á rua a reivindicar…

Assim – Rosalia é coração Humano – e os que aguardam – ROSA – e VIDA – são os que se mantêm do lado – ao lado e com as gentes, sendo gentes…

Com diria Homem de Melo:

“Pode haver quem te defenda, quem compre o teu chão sagrado, mas a tua VIDA NÃO”.

Fica o apontamento – fica para ultimo para não se revelar o segredo – até ao final – assim compreendem como mentem certos seres e que fácil, que fácil é apanhar mentiras entre verdades – estando a verdade dentro e em redor e em toda aparte.
Sejamos livres destes que mentem para nos encontrar-mos em liberdade e podermos olharmos nos olhos em dignidade, virtude e verdade.

Obrigado



camapnas de "BASTA BAL ES"

que nos dizem
a rotina:
Das Matinas:

Dos Laudes;

Terça/Sexta/ Noa
Das vésperas;

Das Completas


e do resto...
Quando os grilos vinham das "Sombras"
e as vestes brancas esvoaçavam



Clarissas - ou encerradas - Tui - em pleno"casco velho" - caminho de Santiago
Lugar onde a "Irmá Lucia" esteve também em clausura - como "Doroteia" - desde 1928 a 1946 - como diria uma grande mulher Portuguesa "Estranha Forma de Vida"



Foi por vontade de Deus...
(não de quem o representa)
que viveste nesssa ansiedade

que todos os "ais"  foram teus
que é assim toda tua a "Saudade"

foi por vontade de "Deus"
não dos teus, da tua família deixada

estranha forma de vida
teve esssa tua forma de amar
deixada entre paredes
quando o que amavas
eram o campo, a vida, o rio, o sol, a veiga...
...a mar...
viveste de vida... perdida 
- quem te daria essa diracção -

com coração independente
que fazes; que fazeis encerradas
coração que não comendo - vivendo de ideias vagas
 - coração que nem comandas - 

vives perdida
entre as congregações

teimosamente sangrando
éntre orações as veredes 
e os verdes outeiros lembrando
nem te acompanhaste mais
nesses tais andares
detrás os andores foste
e vias as urzes e amores
dos teus lugares... dos nossos lugares
morreste pouco  a pouco sem saberes
porque teimaste em ali ficares
se podias te evadir
se podias ir de novo entre as "campaninhas
e dali
dessas imagens de cera e cal
fugir... e ir

porque ali ficaste?...

se não sabes onde vais
e outros te fizeram sair

até descobrir
que o teu coração
tinha acabado de morrer...
de chorar e carpir
até onde se arranca o serde si
e ninguém mais lá pode entrar
e salvar

um que se deixou esmorecer
e entre as paredes esquecer
o ser, a vida prórpia que tinha que
aprender a amar
a proteger, saber aceitar
na grandeza de ser
Ser Humano
sem mais...



nuvens brancas alvura
vão como Rosas
vêm como carvões

Castelãos, castelãs de castela
que fazedes aos filhos da terra
que tal Humana Perversão
em Livre e Humano coração?...


Corre o vento, o río pasa;
Corren nubes corren

Camiño da "Minha Casa"


(estando tu lá dentro)





   Miña casa, meu abrigo:
(meu quarto interior, meu corpo por amor)
vanse todos, eu me quedo
quando termina o devacelo)
sin compaña, nin amigo.
sem companhia nem amigo dito, que vos visita a todas expedito)








 Eu me quedo contemprando
ficais extenuadas, como nas antigas festas entre o munte celebradas
no que baco deus Dioníso, entre as bacantes dançava - até que de madrugada
extenuadas, estenuado, ficavam os corpos despidos
assime sperando o nascer do dia
e regressar á rotina)
as laradas das casiñas
vês tu desde o claustro - as "lareiras" acesas das outras tais "casinhas"
que em vestes de alvas antes esvoaçavam?"
por quen vivo suspirando.
(vemos nós quem tu mais querias - entreo tal que chamas amigo
como se lirica trovadoresca de alta dama
dissesse ao que lhe cantava e encantava
e passava por ali em noites de frio
énqaunto seu cavaleiro cavalgava?....

ou vês esses tais "lareiras"...
dos ventres das "casinhas
- ainda acesase fumegantes-
 entre a noite de estio e os amores de vidas cortantes

quem és tu que nos contas
o que se sucedia detrás de paredes
e porque te defrontas
tão grande e pequena
com unhas e dentes
com a "Castelã de Castela"
que tão bem tu conheces?

e porque saiste
"roubada"
meio ferida
meio rasgada

se te roubaram foram os outros
ós da Liberal visão

e não mais entenderam
que rasgado e preso

ali ficara
em retalhos
o teu coração

de menina escrava
feita jovem noviça

feita sor de dor
à qual acorriam
por igual "medicina"
todas as vestes brancas
que ali haviam

mais o grilo de "amor"
que cantava entre as sombras
para ver e encantar melhor


Essas "ave- marias" - dos anos 20
- que tal como na Espanha -
- ninguém te conheceu dantes;
- tocam desde Fátima e no pais inteiro
- no pais vizinhoq ue sempre "te amou"

e tu nos dizes e esclareces
nesses teus poemas em formas de "preces"
profanas e reais, profundas e marcantes
como foram teus passos vitais...:

Tocam para que reze
 e eu não rezo, que os soluçõs
afogando-me a prece
que por mim têm de rezar"


QUE POR MIM TÊM DE REZAR
QUE POR MIM TÊM DE REZAR...


quem serias tu que conhecias
- esta Lúcia que ai foi parar -
-  em data afim - ao tal lugar

mosteiro de clausura,
de uma linha que tem a soltura
de ouvir:

" ave - marias" em cada badalar nesta linah dominho em qualquer igreja do lugar...

- aqui em Tui - logo do outro lado do Minho -quem serias tu -

d'ntre as tantas que deixam o nome ao entrar?

Desde as Madalenas convertidas - levadas para Braga pro Arcebispo Primaz
quando alguém queimava - as tais 50 em Valença repousadas
que grande mal estar estaria
por detrás da parede do lugar
que nem Arcebispo,
nem coroa,
nem gentes do lugar
puderam apagar
esse tal  "fogo de justiça"

que vos pos a monte
quando os Francos Ca chegaram
e cujas histórias
os vossos hábitos abafaram....





quem ai foi
que ai fazia
- quem se intrometia -
 entre as "lareirinhas fumegantes"
- aquando o  cair do dia?




quem eram as responsáveis que sabiam e faziam
quem os que - aproveitando - ali se metiam - e dali - em m«bem e virtude saiam?

e quantas jazem silentes
entre as paredes assim plantadas
e quantas histórias se ficaram´por sempre...
abafadas?

Não sei quem és e te canto
por tocar por dentro tua vida e dor
sei que dos outros
existem ainda tantos

qual o tal bom regedor
corrido por gente epovo
por fazer valermesma opração

forma uns poucos os sabios
que te salvaram
quando já de ti pouco restava...
quando tu já estavas
entremeias
entre omundo no que saltitavas
qual abritinha livre e feliz
e e ntre os outriros celebravas
e outro no que já nem sabias
que havia de ser´quando soasse um sinod
de se elevar em louvor ou orrer de desamor...

homenagema ti mulher dos dias
e dos campos e das romariasé dos nossos tristes dias´
nos que o silencio acalou
tudo o que se sucedia
que tantose tantas sabiamé que ninguém acalantou

bravos senhores e senhoras que os muros de solidio e frio tombaram
pena que não houvesse "amiga" ou "amigo" cujo abraço de vida
o teu coração pudesse ter salvo...

assim foste entre estertor, e força de vida e uma falta de abraço em vida - e abraço que convida
a se entragar - em confiança
a ser-se de novo criança
protegida
destas bestas qu caminham
que fulminam
esse olhar de esperança
quetu menina e mulher e criança
poetisa - nos transmitiste

e que mesmo a solidão e a margura
mais profunda e mais triste
não fez sucumbir

até nós chegaram as "campaninhas" que tocam bem com as outras
quando as abala a brisa, e convida a luz do sol e do luar
e as embala o saber - ser - e saber -e staréntre os braços da mãe que choras
do pai que "añoras" e do irmão quepor ti tudo daria...
e entre a natureza viva
que é tua vida...





a deus
desde a veiga
desde os regatospequenos
desde o ponto mais alto e verde
desde o coração livre que mais nada tema

adeus

adeus...

vista dos meus olhos
os teus e o s meus
adeus...




Próxima aproximação -a visão interior entre a mulher do povo, amenina mulher de "virtude" - a meiga de nascimentoe de ser e a outra
a castela de castela que outros - convidando - obrigarama ser

e aquela que - outros outros vieram salvarquando as paredes de cimento e de betão já atinha em vida enterrado e em vida a chegarama condenar...



não há "Castela"
qual castelos de "neuroses"
que os seus negros psiquiatras
cobram apreços atrozes...

preços de vida feita morte
disfarçada de vida
de pouca sorte...

proxima meditação sobre Rosalia e o nosso coração

(de povo e de nação
ec omo Marias da Fonte
já há poucoas
e com razão)







Castellanos de Castilla,
tratade ben ós galegos;
cando van, van como rosas;
cando vén, vén como negros.




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