onde deixaste tu o condão
da tua brava condição
Amália volta para nós
os joelhos feridos
assim despidos
mostram a todos os vencidos
que afinal
estávamos vivos...
Queimada a vida…
Queimada avida nas estradas
Dos dias e das horas pautadas
Queimada vida nos ecrãs…
de cinemas… dos divãs…
Dos sofás das casas
Separadas
Mais não partilhadas
Queimada viva a vida
que era antes celebrada…
Queimada assim escrita
Assim descrita e acreditada
Como uma deusa
Americana
Alçada
Em estátua de
liberdade
transformada
Em plena praça
De algum lugar
que o “islam”
não quer lembrar
Proibida
De usara saia
Informava
Cabelo ao vento
Como num filme
Atenta… atento…
Assim foi ela “delapidada”
mulher biónica
única ou não
voltaste em três dias
para a televisão...
Diz que eram centos
Diz a notícia que agrediam
Opa – aqueles gajos
Nem cuspir sabiam!
Pois aparece a nossa
“gata borralheira”
Num ou dois dias
Inteira como princesa
De novo cheia
Não de vida!
De vida não!
(ela queria
E seguia
Aquilo
que a televisão dizia)
Aparece outra vez
Em plena…
Televisão…
Queimada…biba?...
Não!
Aparece a noticiar
o abuso sexual
de que foi ela
alvo geral
coisa banal
duzentos homens sem par
a cincum-navegar
a sua ilha deserta
tão plena
tão cheia
tão aberta
assim depois
ela venceu
e sobre todos
assim se ergueu
Assim donzela
Tão fina
E tão bela
A estrela
Dessa inter
Nacional
Tele
Novela
Estranha forma de vida
Diz ela –a nossa
A mais fermosa
Que assim se queixava
Que já em 65 cantava..
Perecera
Que assim fizera
Apesar
De assim tombar
De mini saia armada
Era assim televisada…
Coisa estranha
Sincera
Casa portuguesa
Que assim..
Ardera…
Outrora
Simples
Flora
Agora…
"mas a tua VIDA não!"
NEM A TUA FACE SE ESCONDIA
NEM O PEITO ASSIM DIZIA
NEM A PERNAS SE FUGIA
A PARTIR DAQUI TUDO SE SUCEDIA
E O QUE NÃO PODIA
ACONTECIA
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