sábado, 23 de agosto de 2014

Salvação - a Galinha que atravessou o Coração de Ze Non



A galinha e Zé non…

Era uma vez uma linha,
uma galinha
e Zé Non…

Uma atravessava
outro duvidava  
dessa linha
até da galinha
parecer pautada

Remarcava
Remarcava
procurando o fio da questão:

Haveria ou não solução?…

E media e remexia
Os cordelinhos da mente acendia

sem notar, anotando
que amente era um como cão feroz
todo o seu tempo de vida ladrando



Como um ladrão na noite
O tesouro do tempo
Presente
roubando

guardião do seu espírito livre
e da sua livre e vera opção
assim desta e de tudo
duvidando

À medida que calculava,
à sua conclusão chegava
Ao grande e eterno “non”…

Esse que encerrava
Por sempre lacrava

Esse que não tem
princípio
nem fim
nem finalidade
para ti
ou para mim

Chegar ao ponto médio do médio
para quê?

Se a galinha
na sua inteligência mesquinha
atravessava a imaginária linha

Assim, pluf, plaf
magia sem mais

E “Ze Non” ali se ficava
medindo a linha intermédia
da estrada

arriscando
entre o carro
que nesse tempo
não existindo
no tempo da galinha
ia passando

Ate que um dia
Se encontrava

A galinha
Uma outra iluminada

Como tal Ze Non
Que assim se passava

E de tanto que assim se pautava
A galinha – espantada – parava

E mostrava
a linha da vida
Da mão ferida

Em Ze non marcada

E dizia
Medes tu as batidas
do coração

medes tu sua profundidade
e veraz intenção?...


Medes tu a palmo o mundo inteiro com tua própria mão
medes assim mesmo o latir desse terno, o eterno coração
através das batidas, suavemente sustidas na palma da tua mão?

Medes a intensidade de um momento,
da cadência da luz do sol ou do vento
reflectidas nessa palma em suave e simples ademão

Contidas nessa tua alma
assim reflectidas
pelo teu iluminado olhar
assim vistas e reconhecidas
pelo teu  Ser semelhante
ao te ver e sentir ao passar?...


Medes a vida que em ti se esvai
Os minutos segundos e o tempo que decai

Medes vidas reflectidas por também por dentro as rever
E as vês vivas porque vida também em ti podes vir a Ser

Sentir
Suster
E assim
de novo

Voltar em realidade
E verdade a viver

Além da “idea”
abstracta vaidade
Que te estava enrijecer…

E o tempo -  perdido
De ti
A afastar ou obscurecer


Medes com a tua pauta o mundo
que pode vir a chegar a ser…

ou vives nesse tal “ Presente”
que esta, minha linha estridente
 te está a ensinar a rever?

E no fundo, passou a galinha
no seu silencio de linhas
E lumes e fios e coisas vagas

No fundo passou a galinha
E viveu o que passou
Até chegar
“Ao outro la do da estrada”

Destemida, não planificava
Enquanto Ze Non temia…
enquanto media e duvidava

E assim ficou Ze Non iluminado
pela galinha de Vida  reflectida

Assim, em seu peito, de novo irmanado
com essa  Vida, que vive, vibra e respira
em ti em mim,
nele – Ze Non -  
e em todo o lado

E com a linha de Vida
Que em seu ser
Assim O SER,
havia traçado

Cada batimento em flor
cada momento melhor
cada escada subida
nesta escalada
chamada de “vida”

Cada pessoa esquecida
assim de novo recuperada

Subtraída à cifra
e à Vida somada

À escalada da via da Vida
Assim novamente integrada

Essa que é em nós reflectida
Até ser desatada
Através da Vida de novo preenchida
Vida intensa inflamada

Chama além cor
Além riso e dor
Abraçada

Em cada pessoa amada…
Assim reflectida, assim requerida
Por dentro e por fora abraçada

E em cada momento de entrega
Ao vento, a onda ao firmamento,
à existência inteira dentro de nós abarcada

Assim reflectida
assim mantida e referida

Como Própria Vida
assim em nós animada

Assim – Vida e Nós
Estar e Ser
de perspectiva trocada

E assim Zé non se deixou de coisas finas
de produtos de mentes divinas
e passou a caminhar

pelos jardins peripatéticos 
a se ultrapassar

Aristóteles  e quem o quisesse ouvir ou amparar
Por sentir vida nova em cada palavra - viva escola
assim por dentro -  de novo em vida a vibrar

Mais além do numero seco,
esse que forma de eco
se preparava  para em si mesmo gravar

Assim salvou a galinha viva a Vida em vida
desse “Zé non” quase  de partida
para esse mundo que não existia
fruto dessa tal ideia: fria e vazia

Roda de Moebius de nunca acabar
Sísifo em rebolo a esfera a arrastar

acabará algum dia
esse da ideia vazia
o tal que por vezes convida
fascina
e desguia
tanto ser Humano
a converter y extraviar…

Viver implica assim ceder,
que a mente – omnipotente
possa ao fim se aperceber…



Da sua imagem em espelho
vendo além da criança,
do jovem ou velho

A mesma Vida
sua própria Vida
 noutro ser ainda incontida
por assim a poder reconhecer

Sistema isolado… é sistema acabado
e uma anestesia mental

todos giramos neste jogo contamos
somos o centro o principio e o final

E quem assim se ache maioral
que veja
como se mantenha ou lampeja

Essa “sua vida” de sentido
de propriedade nominal…

se a fizer fazer de novo
além da “galinha e do ovo”
sendo Pinóquio ou….

Um ser Humano normal…

Se não fossem tantas outras
Vidas Com H grande por igual

Em si, em ti em mim reflectidas
Como as esferas no céu sustidas

Assim tantas vidas preciosas
Além redoma – puras Rosas

A Brilhar,
 Por dentro e por fora
A se mostrar

E que se iluminando, como num novo céu se mostrando
são como as vias novas, novas vias de Mundo magistral…

Olhar o céu e ver
Orionte caçador

Ou ver uma Rosa
Por fascínio e por amor

Como Criança renascida
Para o novo mundo
e nova perspectiva

É como dar a volta ao Mundo
E ver o mundo ao contrário…

É procurar o apoio, O “Amor”
Onde outros vêm o adversário




quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Uma História de Vida(s)



Como espirais magistrais
Aos Céus, nos mostrando

Assim juntos jardins entrando
Assim juntos nos espiralando;
Assim como nós entrelaçados
Assim seremos, nós chegados

Assim sendo: transformados
As roupas de luz e vida e cor
Sendo como Seres luz novos,
Assim recordados, evocados

Nesse caminho de Alegrias
Dos Risos e do Amor Maior
Desse Mar de Amar interior

Assim de novo…
além, ali, aqui…

Despertando:






Onde um guerreiro tomba
outro guerreiro se levanta

Por entre as águas da vida
Um madeiro se descamba

Pela tortura dos dias
Um pioneiro avança

Um suave junco se desliza

Por entre corrente nefasta



Iluminando essa a via a seguir
Em meio do caminho do devir
Para chegar se onde esperado
À casa, a qualquer outro lado






E entrelaçar, som, imagem a cor;
Ao som dessa melodia esquecida
Inaudível, assim por sempre viva
ainda vivida, sentida e  traduzida

por nós, quando os nós assim desfiados,
entre nós, se a luz assim demonstramos;
entrelaçando-nos entre os vivos tapetes;
dourados, esses que todos os dias vemos
prateados de sonhos e noites apreciados