segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O Rei Leão







Uma história simpática... como sempre -- as melhores histórias são contadas às crianças no sentido de perdurarem no tempo alicerçando VALORES;

Assim, o nosso Simba - rei leão legítimo em linha de sucessão - vê como o pai é assassinado e - sem compreender a premeditação de tal acto cruel, foge ainda sendo cria de leão com a imagem de uma responsabilidade aos ombros que - efectivamente - nunca teve...

Transforma-se num marginal... e vivendo uma "pândega" esquece a sua linhagem assim como a sucessão que - um dia - teria de assumir na "roda da vida"... de ser o seu eixo central - símbolo de FORTALEZA e CORAGEM...

Sem eixo... a roda da vida... simplesmente desparrama;

Inimigos mortais - Leões e Hienas estabelecem tratados para se apossar de tudo o que eram territórios delimitados outrora...

Patriarcados falsos e Matriarcados emergentes cooperam nesta película para crianças, ilustrando um processo de chacina de monarquias e cooperacionismo tácito e silencioso da estrutura aparentemente patriarcal por excelência: que impávida e serena distribui umas águas bentas e umas hóstias fictícias e se descarta das suas antigas cruzadas e lutas armadas bem prementes - ocupando o lugarzinho que lhe foi reservado na divisão dos despojos desta nova era de descalabro e assombração...

Como em todo e qualquer cenário de degradação - há aqueles que resistem:

Uma jovem leoa - de sangue e berço real - encontra o Simba perdido na vida indolente de ser mais um na mansarda e o desperta às lembranças daquilo que realmente é...

E - corajosa - regressa a onde o nosso vacilante rei da selva não se atreve a confrontar as sombras de um passado milenar no qual a responsabilidade sobre os ombros e as linhas antigas são muito fortes para serem vencidas por si só...

Nesta crise existência, aparece um macaco - o que primeiro o "baptizara" como novo e futuro rei... e lhe pergunta - simplesmente - quem é...

Olhando-se ao espelho, nas águas... primeiro reconhece o jovem de juba proeminente... e pedem-lhe para ver mais fundo...

Então ai - Simba já meio desperto pelo apelo da sua companheira - recorda a sua LINHAGEM e é confrontado com a imagem viva de seu pai em si...

Correndo pelas pradarias - voltando à pedra onde se sentaram os seus ancestrais marcando o terreno onde as hienas nunca poderiam entrar - confronta-se novamente com a imagem do pai - que aparece como o Sol entre as Nuvens: uma voz portentosa, vinda de dentro e de fora... ecoando em todo o lugar - lhe diz claramente "REMEMBER WHO YOU ARE"....

"RECORDA QUEM ÉS!"

E - com esta visão - o jovem e despreparado Simba regressa ao desterro do que outrora fora o seu lar...

E confronta o tio mesquinho - com sua manha e malvadez - vencendo por coragem e força interior: por nobreza de alma e coração;

E as Leoas - verdadeiras fêmeas do rochedo e da pradaria - desterram as hienas - hierarcas que mantêm os machos sujeitos e adscritos ao seu domínio - mesmo sendo estas - as hienas - como uma praga sem fim e aparentemente impossíveis de banir da rocha do governo e do ceptro do poder;

Termina Simba e a Leoa que o chamou à vida - celebrando a nova vida do seu herdeiro... o nosso sacerdote sábio e louco erguendo a criatura para ser apresentada ao todo da arca e o ciclo da vida mantém-se - a roda vital encontra novamente o seu eixo - avançando em linha recta e não descrevendo parábolas e impossíveis:

 figuras semelhantes a uma certa obnibulação mental semelhante aos ébrios que participam em grandes banquetes, aos orgiásticos que se ceibam na carne sem espírito, aos esvaziados de carácter e coragem que caminham para aqui e além conforme lhes dizem para andar ou mesmo aos que - pura e simplesmente - se anestesiam e drogam com informação, materialismos e ideologias vãs que promovem comportamentos que vão além da tradição, das raízes do seu povo e da sua própria natureza original...

Assim... como numa certa Rotunda numa certa Boa Vista - que se erga o Leão dentro de cada um de nós e que a águia que ameaçava impor dissolução, ambiguidade e alienação possa ficar baixo a alçada da poderosa garra que - com firmeza e determinação - orienta o caminho dos que caminham nesta Nação.

Bem haja ao HOMEM DO LEME!

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