Sabes que há ainda uma oportunidade para ti
há uma faisca de vida
que tens de fazer despontar
como se fosse
numa festa imensa
prestes a se festejar
és como uma
palavra de fogo
que atrevesse o céu inteiro
e assim reescrevendo
teu nome verdadeiro
mostre esse assim o valor que tens
o valor que és
o que em ti retens
talvez...
pela força do medo
da duvida
de descrença
da ignorância de outro caminho
dessa que te abre caminho...
essa que
entrelaça o teu destino
em outros destinos
entrelaçando caminhos
entre mágicos amigos
quem te disse que apenas a«havia uma forma de se verá vida, o mundo,o caminho e via a se percorrer?
quem disse ser verdade e via e caminho
dizia que outros´que fossem com eles eram com eles efectivamente
quem transliterou o que estava assim bem dito
e se tornou "rei e senhor" exclusivo
de imperativo único caminho ou sentido a se seguir?
quem se lembrou de ir dizendo
- À PRÓPRIA VIDA -
como se manifestar, como ser como estar
na sua Forma Humana
de Milhares de milhões de anos a se desenvolver
para assim poder dizer
- sim, sim, não não -
sem meia palavra
de hipócrita diplomacia
essa que
vaticana
nem se anuncia
nem se renega
nem se pronuncia
nem se afirma
assim subsiste
entre tanta quimera
entre o período nacional socialista
e o apoio tácito a
a um Reich e agora a repulsa
no silencio
do que foi feito
e os filmes
bonitos
de algum presbítero
(homem novo - não velho)
entre tantos e tantos prosélitos
algum sai um pouco de direitas
que se assumir e cumpriu preceitos
de Filantropia
como manda a via e a vida...
e o resto
vai para onde tem de ir
vai para onde os mandam esses que não sabem
nem entrar
nem sair
Cegos que guiam cegos
dizia uma certa voz
de copista certamente entre nós
que "pai" está nos céus...
´diz uma versão que "está"
outra nem se lembrou
e o "Pai nosso"
assim ficou
e afinal
papa apenas ficou
quando o Bispo de Roma
entre tanta confusão
se confirmou
e "patre" na romana legião
pais de filhos, que estivessem assumidos
no culto de Mithras
ninguém irá dizer
que afinal
- o tal falava -
para ninguém
que alguém escreva
- no período de convulsão
que levou a se escolher o Bispo de Roma como maior
entre tantos outros que o poderiam ser
e se chamar de "pai"
daí data da escrita
que nega
que seja UM o escolhido
quando nem o próprio escolheu
uma corruptela
que diz "pedra"
- e que anuncia um algo
que se fez "eclesia" quando o tal
andava de um lado para o outro,
dormia onde podia,
nem tinha onde pousar a cabeça,
não acumulava riqueza,
aconselhava a cingir o cinto,
não determinava maiores ou menores,
lavava pés se lhe perguntassem outra vez
- e depois -
lembrasse de provar
que era Pedro "e não André"
-que este cisma também houve -
pois esse sim foi o primeiro chamado e uma igreja o reclama
- depois como ícone -
num outro lado do império
- bizantinos seriam os amigos...
celeumas e crises pelo poder
se hoje aparecesse o tal
nem se reconheceria na igreja
nem a igreja o deixaria sequer entrar
ficaria numa casa de loucos
ao pronunciar e ser e anunciar
que a morte não existe,
que se cura todo o mal com humanidade
que se façam toques de vida na vida que sofre
que se deixem celeumas por base na existências deste "puros de coração"
que se acompanhem em pares para não se deixarem cair em divagação
- e mais não -
que nem fundou congregação,
nem empapelou ninguém como maioral
- tudo isso foi resultado do Imperio
e da sua "vá gloria de mandar"
nem colocaria um madeiro e pregos
e chicotes e elementos de tortura -
como vemos nos cruzeiros antigos
- como sinais -
de espanto, de medo, de sobressalto
- a par os habitantes - alguns sendo Pelourinho - imagines-se!
"Deus" de vida ou de morte,
do romano império e a sua
(nossa triste sorte);
os puros preferiram tombar a se transformar- "massada"
- para os Hebreus Montsegur para os europeus,
"Medulio" para os nossos e alguém chamado Viriato - para os Lusos -
que eram algo lá de baixo
- e resistiram como todos -
esse "arrear de facho" -
que imperava por convicção
- vendendo ideias impossíveis
(como marchar contra canhões a partir de 58 - quando marchávamos - bem - em relação a quem não respeito o mais antigo tratado de colaboração que se conhece entre reinos europeus -povo triste que canta voz em riste e nem se precata da mudança - nem da estranha forma de vida- que os lança - de frente - para a morte certa - sendo hino de nação - assim fizeram os romanos... uns notaram e se resguardaram, se infiltraram... outros não...)
sabes o mais importante disto -
sendo que o "Pontifex Máximo" é um titulo que implica
- estabelecer pontes entre o transcendente e o mundo real -
este senhor usurpou
- o poder de reis, sacerdotes, profetas - e se fez "Imperator" de forma enviesada
- deixando os outros de forma errada -
de mão a abanar uma só lei
- para a cegonha, a zebra, o leão e o cordeiro -
é algo triste
- e não verdadeiro -
que a natura respeita e deixa
- a cada qual com sua própria cadencia e que é artista em eloquência -
enquanto que este
- agarrando "o anel" se transformou num tudo de nadas -
agregou os despojos das culturas conquistadas
e fez uma amalgama sem sentido ou sem profundidade
pois antes cilindrou os guardiões e guardiãs que lhe davam profundidade e identidade...
é disto que "hoje falamos"
- quando ajoelhamos perante um Deus de Morte trazido por tiranos -
que antes do sec. V
- nem havia tal coisa
(o tal madeiro - que nem se sabe da forma e que foi assim depois adoptada no mundo inteiro - como sinal de vida? pobre criança que veja uma imagem num canto, de cabelo descaído, negra de estar lívida, consagrante, cravada em peito desgarrada em joelhos, cravada pelos pés...)
agora tapamos os olhos das crianças que tem imagens destas na TV
- ou que sejam nem que seja um cão assim quase esventrado -
pois a lança de flanco trespassado
- lança de cavalaria -
- para todos os efeitos -
traça e deixa a carne feita pedaços
- pois -
adoramos esta imagem
- entre tantas outras que seriam possíveis
que transmitiriam um Ser Humano
perfeitamente INTEGRADO
na GRANDE VIDA
sendo Vida
no grande Sopro
entregando assim seu próprio sopro
ninguémlho r«tira
como alguém já integrado
o entrega
por ser o momento
Imagens desse ser "Iluminado"
vestes brancas
abraço abrangendo o mundo inteiro
são as imagens
que este nosso povo
de uma outra forma transformou
baixo umas cruzes estranhas
de alguns que sabem ou sentem
assim deixou
margem de manobra
entre uma estranha história
que se pretendia assim encerrar-
Imagem de Vida e Esperança
como as que são complementares
neste lado
ao passar
o Minho e ver e notar
uma senhora
de um alado
portando a Vida Criança
e uma senhora do outro
levando
o ser que se entrega em braços
ou as "nossas também"
como a do corcovado,
a do Cristo Rei de Lisboa ou a de Dili
- de peito aberto e iluminado
de abraço
- sem armas, ou cravos ou feridas de ser trespassado...
novas vestes
vestes brancas
que abraçam o Sr Humano
esse que "irmão pequeno ainda
enquanto desperta"
semente em pequeno leito de latência
enquanto a Primavera lá fora - por dentro não chega
então?!...
que culto este da morte
e que lei esta - de "talião"?
do olho por olho´
e dente por dente
e todo o mundo cego
e sem razão
como diria um outro eloquente
um disse amor e liberdade
e o Império lhe disse:
"NÃO!"
e se?...
Uma tal Maria exaltada e um tal J.C implicassem uma mesma identidade
como a obra e o artista - sendo em sintonia uma mesma realidade
como o Barro que é amado e a água de Vida e a vida que sente em mão viva o barro assim a ser transformado...
... e se?...
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