terça-feira, 21 de outubro de 2014

Digam elas, digam eles - aquilo que não conseguimos lembrar algo a se evocar


tempos de renovação
fascínio e magia

entre uma estranha de forma de vida
perdida

entre os que iam e não voltavam
entre os que aqui estava
e suspiravam

quem canta e conta
assim aprendeu

como uma rima que se esqueceu...


estranha forma de vida
a que se perde
e a que se esquece

és tu
e sou
quem se desvanece...

estranha forma de vida
essa que jaz

em quem ensina
com marca e estilo de vida
que assim em vida se compraz

reerguer espaços
relembrar abraços

trazer de novo os cachos
das espigas às vindimas



(tradução de um a linguagem perdida no tempo
de uma forma de tradição esquecida- por um momento
tradição do coração
que se portava
desde Santa Marta a Viana
desde o Galo de Portugal
que desde Barcelos Cantava)

povo que assim animas
os momentos das estivas
que assim cantavas
assim lembravas
a mais bela
no círculo
quem amavas

que agora nem tempo tens
para lembrar
ou evocar
a não ser naquilo
que possas assim comprar

estranha forma de vida

para que tanta "magia"
de varinha em mão

se o coração
late esquecido
no fundo de um velho 
ou velha que o mantém 
AINDA
na palma da mão...

esperando

o dia
da sua nobre condição



AINDA

existe essa voz
dentro de todos nós

quando se sente
algo pungente
que nos toca

que parece
ser transcendente

e onde falta
falta a toda a gente

e onde existe
é fluente
e calma a sede
a esta nossa
à nossa mesma gente







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