Sem Dó...
Se DOendo conseguíssemos resolver a ETERNA questão - acham que estaríamos premendo o doce e eterno botão?
"RESET"... dizem eles: "VOLVER a EMPEZAR"!...
andar: dia a dia sabendo - sem sentido - sem andar
dia a dia sedento... dia a dia a sede a apagar...
Noite após noite - desalento... num novo dia a começar...
Assim anda o mundo - não o lembres!
Assim anda o mundo devagar - passos que aceleram num deserto...
gentes que correm para nenhum lugar
Dias e noites : despertos... sem adormecer a opção
De ser parte de um nada - em vez do todo que realmente SÃO
E é tempo de que ouças... aquilo que tens andado a protelar
Que o teu tempo é sem tempo... pois o tempo é tudo o que fazes brilhar
O resto escoa nas sombras...paira no vento...nada ou ninguém para o contar
Que as histórias escreve-as quem nota - quem ama as notas e as faz ressoar...
E tu - sim tu! Que o notas
Tudo o que p'raqui te estou a contar:
Vai a tempo - que o tempo - vai e vem devagar
Tempo é o mundo que roda, são os caixões e as covas... são as rugas... os pés... e o chão que enterra o sonho e desfaz a criança - fazendo-a velho caduco - um pobre e triste terrão...
Tu - que és VIDA: olha em frente - lembra que um dia - foste chama, luz - foste a Eterna Razão...
É nessa memória que despertas para a vitória de saber O QUE ÉS...
Além do oco eco da verdade vazia... és o chão, a gota, a semente, a luz e o mundo que gira a teus pés...
Vai além dessa outra - pequena - razão que se afasta:
que renega, duvida, tem medo e procura guarida...
entre mil recantos...
em labirintos vazios e negros prantos....
procurando perder o SER MAIOR que não vê...
Diz: "Não"
a essa que clama,
proclama, se vende e reclama...
essa que :
pequena e minguada
define e pensa que fala...
e se enche de si mesma...
e te engana...
pois ÉS
TU
quem a tem na palma da mão...
Ela - louca e desvaria - eterna fuga da sua sintonia, procura mil becos para te prender...
Tu que és chama, sol, vento... luz que a vida inflama...
Tu já a viste - lhe sorriste - e continuaste o teu viver...
o tempo
nem se mede, nem se compra, nem se vende, nem se vê...
Tudo É... e TU...mais do que tu... TU o sabes, o vives... o CRÊS...
Por isso - ÉS!
E - no dia a dia - desatino sem destino - anda o mundo a brincar...
Pois uns berram - outros gritam - "HÁ QUE ANDAR DEVAGAR"!
Entre a comédia, a divina sensação de se estar nos "mérdia! a viver um papel que não é teu
Um soturno poema diurno, uma noite sombria que te fazem crer...
simplesmente por VENDER...
por não ter mais nada que fazer - do que ser escravos do tempo, das agulhas do firmamento e daquilo que não aparece no canto que lês...
Tudo parece andar mal... o dia, a vida, o vizinho, o amigo... a tua vida afinal
É TEMPO! dizem... de se gritar, de apertar os dentes, ranger correntes e arrastar os pés por crer mal...
Mundo e crença "ABISMAL"... para esses que proclamaram liberdade onde havia apenas a mesma verdade que se repetia antes de se gritar assim tão mal...
Uns ignoram, outras sentem - que fazer afinal?
Saber que há memória - desse ser ancestral
Eterna chama - que em nós ecoa - ser e pátria ORIGINAL...
Melodia da vida, do dia - da despedida... dos enganos que nos guiam para nenhures... e mal!
Para encontar novos dias: hoje perdidos - entre quimeras de luzes que não são tal...
Agora - pergunto - o que ouves e não vês?...
Não entendes que o teu rumo - muda em cada segundo que o és?...
Valor acrescido - pátria virginal:
está escondido o sentido - o sonho velado - do ser em ti - meu igual...
Estás na rota dos tempos - centro da ROSA dos ventos... melodia universal...
és parte do todo coeso... que não te separe o ser normal...
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