Ai! - cidade à beira mar... azul...
Por sinais perdidos... espero em vão... por tempos antigos... por uma canção
Por quem já não volta... por quem eu perdi...
Procuro à Noite: um Sinal de Ti...
E - ouve-se - no eco do prácido Luar... a música do coração...
Nau de vento... nau dos Homes que vogan na imensidade...
QUEM ESQUENCE SUAS RAÍZES PERDE A SUA IDENTIDADE
O mesmo mar - salgado... quanto do seu sal está nas costas da Morte de Portugal?
O mesmo sentir - Chorando - quando nos tiram o que é nosso - o nosso mesmo canto...
Quando nos prohibiram a voz - gritamos castelao... cantando...
Quando nos humilharam sem dó - berramos na mesma lingua - suspirando...
É o "nevoeiro"... é tempo perdido - na mensagem antiga que anuncia: reencontro;
E - de novo - de fundo... quando é o povo que geme... a nossa Terra verde que pranta
Entre a melodia antiga... e a voz que canta - ouve-se o mesmo eco...
bem fundo: saudade da mesma pátria -
do nosso sol que se esconde - espr'anza;
VAMOS ATRAVESSAR - esse ".A.MAR MAIOR" - desde as terras ANTERGAS até às novas pátrias... plantadas no mar - pelo braço vencedor - do marinheiro curtido e honrado... e do venturoso e nobre senhor;
"É tempo de caminho andar e de nom esquecer
Que o futuro que há-de vir é o que hás de facer"
Ó Nobre cruz - que um dia, entre nós uniste.. o que outrora o mar separava...
E viu-se a terra inteira... de repente... surgir redonda do AZUL PROFUNDO...
Não há longe nem distância...
nem rio ou fronteira...
que a pátria afinal
se estendia de Caldas à Terra Inteira...
"... o teu .a.braço vencedor: deu mundos novos ao mundo"
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