Primeiro levaram os que protestavam... ele - como sempre fizera o que lhe mandavam... calou...
Depois foram os sindicalistas... um a um presos nas listas - das novas gestões particulares... ele, como nunca fora sindicalizado... nem notou...
Depois foram as ordens que - em silêncio - ningué...- ouviu...
Depois os chefes... com a carreira em perigo - passaram para o "inimigo" e tudo valeu... contal de dar de comer à estatística, ao número e ao cifrão - juramentos perdidos entre tanta confusão.....
O Zé... nem mexeu, nem buliu, nem mugiu - foi todos os dias certinho - para o matadouro dos sonhso que o haviam um dia de levar... e foi semprotestar!...
Depois foram os colegas... uma a uma cada vez mais longe do que jurou... ele - como sempre fora prestável, amável... fizera os turnos que lhe pediam e mais os que não queriam... nem viu...
Um dia - a USF nascia - e ele estava forma do grupo que ganharia em cada dia mais do que no anterior...
Já nem sindicato lhe valeria, nem os que antes se ouviam... já não havia quem resistisse - e para a sombra se afastou...
A Unidade cresceu... ninguém percebeu porque pagava o que era suposto ser de graça... logo as perguntas deixaram lugar a simplesmente pagar sem protestar...
E o nosso herói desapareceu...
Um dia - alguémlia na manchete de um jornal de periferia - que um dos que moravam nos bancos da estação - morrera de frio por congelação...
"Epa - parece o Zé - aquele que era colega à uns anos e que nunca soubemos bem para onde arrivou depois do serviço o transferir para longe de onde sempre trabalhou"...
No fundo - a vida humana - vista pela perspectiva do bem material - não vale pouco... ou mesmo nada... vale a cifra e o cifrão pela que se vende em cada segundo que não sabe dizer "NÃO"...
Vale mais a vioda de um médico do que a vida de um pedreiro - pois a hora de um é melhor paga do que a do outro...
vendem-se os dois pelo mesmo, mas cada qual recebe diferente dessa coisa que é papel e que a gente tornou real... para nos cilindarar, confinar... circunscrever...e - finalmente - como a tanta gente: decepar parnas para andar, mãos para criar, cabeça p+ara sonhar.. até ser corpos mutilados que se arrastam como escravos dos grilhos que não souberam regeitar...
A vida de um agricultor já não vale nada . nesta terra desgraçada - que vendeu campo,mar e gado a troco de contas de vidro vindas do patrão da comissão...
Agora - por hora - os cêntimos que cobra o do tractor nem merecem o papel que se gasta na estística que fala do estado da nação......
A hora deste zé... um entre tantos - que seremos tu e eu não tarda - nem valeu o reconhecimento daqueles que com ele suaram ou lutaram - sabe-se bem lá por que valores a fundamentar...
Sei que esta história é cada vez mais triste, cada vez mais banal e cada vez mais real - de tal forma ninguém nota - pois tudo vale, e tudo procura safar a sua... sem compreender que nessa divergência - mais cedo ou mais tarde - também a sua vida cairá...
Esperemos estar a tempo, para parar esta vaga de degredo - que vem para nos desunir, separar e cilindrar... e na treva da cegueira - nos encadear: como prova temos os povos por onde já se estendeu esta droga - homens e mulheres desde tenra idade sem virtude, bélicas razões para ocupar, cilindrar, aculturar baixo o precito de unificar... falta de respeito total pela forma própria de cada povo ser - o importante é vender democracia, impor libre comércio e a perspectiva de que - sós - somos mais livres... pois sós - somos mais fácilmente devorados por esses lobos esfameados - que não sabemmais do que impor capitais contra a humana condição...
Que fazer?
SIMPLESMENTE
Dizer "NÃO" enquanto se puder - se apelo, agravo ou contradição...
Aqui fica a advertência - para que não se esqueça que lê... que não há caminho de retorno - nesse degredo a que nos convida esta diâmica de compra e venda da vida - que não tem preço e que nos gera - nos guia - e tem razões que a própria razão ignora:
Começar pelos valores Fundamentais - para preservar a sua exist~encia - é aquilo que temos de fazer - SEM MAIS - antes de que o DEGREDO - chegue tão fundo que nem os mais jovens notem a diferença entre aquilo que era e aquilo que nos convidam a ser....
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