segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Lo mires por donde lo mires... verás siempre lo mismo y por igual...

fotografia tirada no "rescaldo" da noite "tecno" : 
Parque Infantil do Penedo - Tui - 
onde é CONSTANTE o "botellón" - ao fim de semana
entre o lugar onde brincam crianças e pais pela manhã 
enfiados entregarrafas de "Jack" e os vidros partidos 
no solo concebido para que as crianças e bebés possam gatinhar... 

estranho como se faz algo tão caro e se desleixa assim... sem mais...

Eram crianças… e dançavam… e se moviam… ao ritmo de uma vida que não é vida…

Eram meninos… meninas… que contavam histórias das suas heroínas… dessas que o celulóide lhes impunha… essas que as telenovelas virtuais faziam – seres originais… em luta contra um sistema opressor… procurando serem elas parte de um futuro melhor…

Liberdade! Gritava a voz de esperança! Liberdade desta gente adulta que é pior que a criança!...


Contexto onde estas "jovens" 
- muitas delas menores - 
ficam até às quatro da manhã... 
rapazes e raparigas longe das mãos dos pais... 
e das autoridades  locais


E de tanta liberdade… se ficou… o dia que se perdia… a noite que se esquecia… e aquilo que ali se deixou…

A heroína despertava… despida… entre o lusco fusco de um dia que se não reconhecia…

Os adultos… em redor… buliam… iam à pressa… sem pressa… ninguém a via…

Paisagens que se repetem... 
contam os vizinhos que é noite sim... 
noite sim... 
fim de semana hostil... 
nos que as crianças de doze ou treze já querem alinhar...
filas sem fim... negócios assim... sem gente que controle aquilo que os come... o que consome... a juventude de hoje...
seus ídolos dos carros, dos sons das colunas em altos berros ligados... 
do "Beverly hills"... 
dos botellones sem fim... 
baratos que saem caros... 
bebidas brancas e charros...
logo ali... aqui... entre nós... assim...
tão simples e tão transparente que parece "moda de antigamente"...
simplesmente... 
não o é...
é fruto dos tempos em que todos passam e ninguém vê...


A menina criança mulher reconhecia a face oculta da liberdade que se cria… o doce algodoado… como fruto envenenado.. trazia um aguilhão oculto enterrado entre a folia…

adultos dormem onde - horas antes - algo acontecia... latas vazias mesmo do outro lado... ninguém as via... estava tudo cansado...


Toda a gente viu… toda a gente via… todos e cada um a despiu…por isso ninguém quereria assumir o que nunca viu… oculto nos fardos quese queriam fartos… quando são momentos entre tantos nos que se fecham os olhos fartos de tanta televisão de infarto contando normalidades aberrativas…


qual o caminho que queres ver... 
qual o mundo ao que queres pertencer... 
para onde o esforço do teu querer?

É tempo de desligar a caixa… é tempo de olhar quem por nós passa… de abraçar a criança enquanto criança… antes de que o vento a leve… para longe… de quem a teve… bem perto… no seu colo um dia…

É tempo amigo… 
amiga… 
é tempo de nostalgia…
de ligar a vida vazia e olhar os valores que se perdem dia a dia...









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