Entre as sombras
Um novo dia desponta
As imagens entre os raios claros
Transformam-se em opostos fiéis na sua sombra
Há um mundo de mistérios
A descobrir em cada olhar
Portas abertas, velados segredos
Que te esperam para se manifestar
Cada eco de rocha viva, cada passo na luz ancestral
Na água que molda o rio das ruas
Ao mundo que parece e não é afinal
Uma luz é o dia, outra seu meio irmão a falar
Numa zela o que tudo define
N’outra manda a que deixa criar
Entre umas e outras coisas – há imagens sem experimentar
Aguardam o caminhante incauto
Prendem o poeta em seu vagar
A roda dos dias e das noites possa o caminhante levantar
Inclinada pela humana razão
Concêntrica no seu incansável virar
Ancorada no centro do coração
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