Uma nova esperança…
Entre as vozes silentes que nos roçam… sorridentes- talvez…
por tudo o que esta vida em si fez… tudo o que o coração em si quis… e que dia
adia nos diz..
Além do que a alma chora, além do que este mundo ignora..
nos diz – vai… segue o teu sentido está quase… está aqui, aquém de tanto que te
é pedido e alem… nesse algo prometido que te impele – já como amigo ou amiga –
a abraçar a voz que te sustém…
Vozes silentes passam entre os momentos presentes – ora par
nos guiar – ora para partilhar a confusão que as levou entre o labirinto a se
deixar apagar…
Até serem ecos devidas passadas, até serem opções de vidas
queimadas… ou serem tristes crianças chorando, entre os muros de pedra fria
lamentando – a vida que se lhes negou… e o dia triste no que esse dia mais não
chegou…
E voltam os de viva chama… os de inflamado olhar que a noite
não cega nem a vida em si crava…
Numa invisível cruz –a que
atraia… a que seduz – ate se deixar tudo – toda a luz que era para
libertar
– transformada em métodos e objectos e lógicas para nos confundir
e sumir no labirinto de que te estou afalar…
Desde o Betão ao coração… desde o entramado de mundos diários
nos que não damos a mão… no que os abraços são algo tão distante que soam a
corrupção, no que os olhares que se iluminem –
pertencem a jovens apaixonados –
que se mimem – enquanto o mundo assim os deixar – apara depois – mal o apaixonamento
termine e a luz se termine – o poder os venha tomar…
e as armaduras de
força e querer e bem fazer - pelo cânone
que nos estão a contar – pesam mais nas
opções a tomar – e levem para longe quem um – dia, um anoite – se jurou para
sempre amar…
E os dias, os advogados de litanias – vão dizer – que tal
não sucedeu – que é normal que quando um ser humano cresça – se esqueça de tudo
o que dentro – por dentro de si se acendeu… da luz que o sucedeu… e das horas,
além horas que mais nenhum momento ou rotina prendeu…
E quando – já velhos – desgastados – com seus vinte ou
trinta anos – cansados – pesados – de dar tudo o que eram a uma labor a um frio
gabinete a estranho e pequeno ou grande computador.. que computa a dor… de se
estará separar – em virtualidades a se fragmentar – em mil e uma verdades a se
espelhar – ate se esvair e esquecer – devagar – de quem era – para onde ia e
pelo que realmente poderia estar – dia adia – disposta – disposto - a lutar
Chuva dissolvente que olvida e engole a gente.. os sonhos
que viemos aqui para plantar –e para – juntos- com irmãos e irmãos assim –
poder – em ti e em mim – de «novo evocar… de novo lembrar – de novo –
lentamente – despertar no terno e perene confiar…
Agora se desconfia do vizinho ou vizinha – da conta do face
do companheiro, das coisas dos “tapupwares” da s companheiras… das coisas bizarras
que as crianças, encerradas – inventaram
– enquanto choravam –neste labirinto de pedras marcadas e de horas assim
fechadas…
De túmulos onde se esvaia – a força da vida – em rotinas
marcadas que levam ao nada – simplesmente utilitárias...
E os de cima – os que em deboche se fascinam – com tudo
aquilo que o mundo e o material – tudo o que podem em si comprar – se dão a
seguir e a perseverar – em mais carvão assim inventado juntar.. .
até que o peso do que os sustêm cai por terra – de tanto
carvão sem mais função do que a repetição do desgaste, de se deixar ir por
araste…
de se mergulhar no que o mundo – sozinho – sem o que o
coração acendido – tem para nos dar….
Poder, estatuto, homem, mulher – contributo e importância de
se ser social… poder…
tecnologia conforto… e o resto?
Para onde – com tudo isso avançar?
E ver –que no final – tantos e tantos se esvaem
presos em frios refúgios
que a vida não consegue tocar
Somos tu e eu e o lugar a onde iremos parar
Agora nem nos chateia ou preocupa – a não ser para uma conta
num certo “bar” – onde o psicólogo- “barman” ou “barwoman” – nos serve os
cocktails de ocasião-
e guarda aqueles que
– tendo a conta cheia – não podem pagar o tal milhão…
barras de bares de bancos – que antes eram para se parar… e partilhar…
a brisa, o sol na cara – um ser Humano ao lado a cuidar…
Agora são tantos e tantos – e nos cada vez mais pobres para
neles nos poder sentar…
E agora – nem tempo temos para o saudar – quanto mais - verdadeiramente nos cativar – e precatar –
dessa vida que uns e outros trazemos bem dentro…
– esperando ser descoberta, amparada, sustida, reconhecida e
amada
– para ser vida por fora a despontar…
já não há tempo nem meio nem disponibilidade ou exemplo para
se aprender de novo a viver…de vagar – e a cativar a vida que se transforme em verdadeira
luz no olhar; para cativar…
E condenaremos os filhos que advenham de tão frágil e fugaz união – a erem
educados p
or este sistema de alienação?!?!?!? E quem se precata se atreve a
dizer à alienação – NÃO!?...
Escolas pejadas, violências que levam ao nada, reencontro
com a ausência de dois seres que- partilhando o mesmo espaço - já mais nada tema ase dizer
–a não ser sentar no sofá que a custo compraram e se deixara
adormecer..
Uns nos programas, outros nas coisas vagas, outros nos jogos
de computador… todos mortos por dentro – ainda que não notem o portento desta
nossa civilização…
De tom cinza – que se espalha e queima – tudo o que era
anteriormente vida…
Nem vemos que as chuvas – as nossas chuvas – são as cinzas de
tantas outras vidas nossas próprias vidas cremadas nas rotinas por si mesmas
geradas…
Nem vemos como – espartilhadas – levam a todo o sitio e todo
o sitio leva ao nada..
À repetição do milhão
da sugestão
do que o sistema diz ser
“sim” e ser “não”…
E o teu coração – entre este húmido e triste betão – húmido
por dentro das lagrimas que choras em horas tolas – nas que te atreves a te
deixar ir – e sentir a tristeza de ver – dia a dia – esvair-se o teu por vir… o
teu próprio ser se transformar numa forma deformada da tua origem e original
condição..
Pois o coração por dentro late se esbate – nessa pintura a
sumir – que era para ser garrida, transparente e livre e viva – e é agora uma
rotina – dia a dia – em direcção aonde ninguém de lá pode fugir… em sentido
plenamente definido para no nada da alienação nos sumir…
Esse circulo de pedras negras – geradas por cada opção que
não ousamos assumir..
quando – do meio termo – escolhemos o meio de baixo – e para
baixo nos deixamos submergir
Deixando os de cima – sorrindo – desfrutando – fruindo – da
mesma falta de sentido que os mata sem ninguém notar…
Um ataque cardíaco, uma overdose, um mergulho na banheira
alcoolizado, um adormecer em anestesia por médico confiado, um acidente de
carro de ponta ou de avião particular… são so que admiramos dia a dia e sem
parar…
E lá se esvai o tempo de partilhar… entre a floresta de betão – que
dia a dia teimamos em espalhar...
E la se vai – avida que a alimenta – como o crude que
sustenta – estas estradas por onde ainda ousamos rodar…
Como borrachas e petróleos de seres mortos –que trouxemos
para aqui para de novo estar, sem pensar que os levou – em massa –a ali, no profundo - descansar – antes sequer de terem sido
transformados – para serem de novo içados – como vida viva a se partilhar…
Agora – como praga – tudo isolam, tudo cobram – da vida que
ainda não os pode reciclar – caminhamos sobre cadáveres, rodamos sobre
cadáveres, colocamos sangue negro dentro de viaturas e lares, comemos em
tap-up-wares em tudo pares e os plásticos do dia a dia levamos sem parar e as
garrafas da água mais pura misturamos nessa mesma morte singular…
Eis a floresta de betão – que nega a Humana condição
– a quem não tem
dinheiro para pagar – um lugar onde dormir, um pedaço de pão para fruir, um
algo para vestir – esse teu, meu irmão – podes ser tu um dia – amanhã – porque
não?
A justiça que garantia – que isto – aqui não sucedia:
– se vendeu sem razão ao frio e
negro betão…
E podes ser tu a
pessoa – que esmoreça em casa –e que mais ninguém saiba – se foi, se não foi –s
e apareceu ou porque não…
– telefonema para nova – para o novo – encaixar – seguir –
produzir e subir sem parar..
e… tu que ficaste – te esvaíste… te apagaste
– nem direito tiveste a ter nome, ou reconhecimento…
Perdida no frio cimento – mergulhado no escuro betão – como
todas as vidas que – frias e sozinhas – se esvaem numa hospitalar instituição...
Passa quem cuida – se enraivece – de ver sua própria vida-
dia a dia – ser cada vez mais vilipendiada, abandonada, esquecida - e a
impossível coisa acontecida –que se submeta a própria vida ao sistema que a
sustinha – e que agora pertence a quem vende… aquilo que lhe aprouver vender… a
tua vida… aminha – apreço de ocasião para quem aproveitar e assim se somar e
fizer…
E vendo – e mais não crendo – primeiro se revoltando –
depois deixando – lentamente –a acontecendo:
“o da cama 21 –
foi-se – é preciso fazer amumia quem vai?”…
como se fosse um exército – no que se despersonaliza – como
a vida de soldado– pois é morte que se vai ter de dar – e não importa muito
saber ou conhecer – em profundidade – o outro humano ser que assim, se esta a
ser preparado para matar…
como num hospital – num serviço no que cada vez mais –
arribam essas barcas fantasmais – sendo tantas e tantas – são os das horas tantas,
os da oclusão intestinal, são os “burgers” que vão ser outrem – já não são um
nome, uma história – alguém que amou, riu e chorou… alguém que corresponde a um
lugar e que tem em si a força – para – entre outras seres afins – ajudara acrescer
– e a viver –e bem viver – devagar
Já não são teu pai, já não a tua mãe (reflectidos nos olhos
de quem cuide sem tempo para ver o mais);
E és tu e os filhos - que nesta máquina em desatino – dia a dia se está
a entregar… a esse lugar de arranjo ou de se deixar ficar…
São as portas das escolas – onde já temem os porteiros se
intrometer – entre jovens revoltados e à solta – que em si já nada querem
saber.. ausentes pais, ausentes os capitais . ausentes os esteios viventes que
lhes dessem sentido e vida e tudo o mais…
e cuidam agora os poucos dos poucos momentos- cada vez menos
– quando deveriam ser mais
– se esta sociedade abrisse verdadeiros caminhos a esse no
rumo que prega - em vez de mentir em doses garrafais…
E defensivos nos tornamos –q eu fazer – somos tantos e tantos e nada mais encontramos – nenhuma
nova solução encontramos- do que sendo os escravos – de cenoura em frente –
avançando em ritmo crescente – para o nenhures que – frio – nos vai abraçar –a
conchegar e acolher quando era em vida e em verdade – que deveríamos nós assim
transcender…
E os materiais – cada vez menos – e cada vez mais – menos os
matérias de consulta – mais quem dela precise – menos os profissionais e mais
as horas – mais… mais!!!...
Mais madeira para queimar – a madeira dos próprios vagões que
habitávamos para a “algum lugar chegar”…
E alguns caem- pois é preciso dar de comer – aos estudos capitais
e aos vícios tais, que vão acabar por afastar os tais filhos e pais – por falta
de tempo para se ver ou sequer conhecer
“pai – de que gostas mais?... Hum? Responde o tal – como se tal
pergunta – vinda de um ser humano que desponta – fosse algo que o despertasse
de um sono meio vivo meio despido… não sei.. e tu-?
Bem – do sega rally dos mil encantos Stephanie, dos colegas
e das brigas que temos, dos momento nos que somos donos do bairro pequeno que
na escola conhecemos… e tu – de que gostas?...
– e o que ajuda a acender
ou apagar lamparinas – na sua esquina de vida – fica na sua letargia cansina a
meditar
– se revelar quem era, antes de se ter entregue a esta sina
que – cinzenta – nos está – um a um – uma a um a - a separar, a dominar, a
corroer por dentro e a drenar…
sabemos de tudo um cento, menos da vida e do desígnio que esta tinha quando nos ajudou a aqui
chegar… e na nossa ignorância – assim – valentes seguimos para nada avançar… com nossas vidas a alienação em
verdade apagar…
Cada vez menos materiais – controlados pelas farmácias – que
são os lugares d recepção de naves espaciais de ocasião – que vêem de outros
planetas – além da europeia união… e que – a mão cheia –nos coordenam sem
razão.. . recursos escassos e parcos – cada vez mais – acreditados por entidade
de estranhos que – em língua franca – garante – que menos gentes – e mais
escravos – que menos materiais – e mais improvisados – que menos horários –e
mais e mais rápidos – são as qualidades que desprezamos – essas mesmas que
sempre apreciamos… e… como nenhum se precate… nenhum ser assim se abate – entre
depressão, “emprateleiramento” ou solidão… por dar alarme – por ir a toda e
qualquer parte gritando:
“ENTAO??!?!?!?!)…
COMO o tal
adolescente –a adolescente – que lhe grita – ao pai, à mãe a professora
acelerada – a sociedade que tem tudo e não tem nada e não ouve:
– que ela – que ele
não quer encaixar-se ali, não quer ser mais uma estátua fria encaixada numa galeria
– muda por dentro - de museu de cera do
século:
– para ser visitada por quem ali paga – para ver se tudo
está como disseram que tinha de estar…
E são – assim drogados, catalogados de hipersensibilizados
–e como os outros tantos – calados
Calados os velhos nos lares solitários – sem nome, sem
dignidade de transcender em verdade – no lugar e pelo lugar que deixaram tudo o
que era m antes de serem escravos deste sistema – desta forma de quimera – que nos
acelera rumo ao nada que nos espera e à sua mesma escuridão- eis o destino que nos espera – a
grandes e menos grandes – aos que paguem e os que não – uns tesos numa cama de
penas outros num qualquer banco de jardim florido – qual o melhor – qual o
melhor vestido?
Venha o diabo e escolha…
Todos lançados – para desempregos desenfreados – aparentes multitarefas preparados- sem conhecimentos profundos acerca de algo – é
cultura geral- dizem de repente – e colocam as crianças – desde cedo – com
computador na face colado.. para deixar de ver
De ser
de saber o que esta á a suceder – ate teclar a tecla “x” e
começara curtir o que os adultos trancaram no aparelho e vivem em suas vidas em
seus próprios trebelhos… coisas que andam por ai – nada que ninguém saiba – o
que importa – é como o deixamos ir…
E assim anda este nosso mundo – seguro de que se vai esvair
– que vai ruir – porque dói tanto tanta Humanidade a se destruir – como suicidas em crescendo – nesta floresta de frio e cimento – que nem vale a pena
sequer pensar – que nem as guerras matam tanto como o deixar de existir – assim
–lentamente – se esvair – e dos sonhos se despedir.. até voar.. até vogar – na
única solução que nos estão – ainda a- em plenitude –a deixar tomar…todas as
outras – são subtis opções – entre o que nos dizem que podemos e não podemos –
são subtis manipulações para ir para onde não sabemos –e vamos! Como
verdadeiros escravos pagos! vamos !
é temos brio no que chega ao fim do mesmo nem nos
perguntamos o que isso custa a tanta e tanta gente que nem tem, nem pode assim
participar – neste sistema – que nos esta- a AJUDAR – a lentamente – TOMBAR…
E podemos comer fora – ter aparelhos para ter mais tempo- e
de que ser ao jovem ou velho que já é... encadeado a um sistema que nos devolve
– certeiro – ao banco de jardim, ao apartamento de morte silente ou ao espaço
onde se acumulamos ferros velhos – para – certamente (em silencio de”marketing”
) –se esvair…
Substituídos pelas faces desses outros velhos apresentados
nos “mass media” – que são os que pagam a ideia de que "tudo está bem – e que
vai passar esta tendência de mais de trinta anos que – por dentro nos está
afazer ruir…
Que fazer?
Nos pequenos lugares – inovar. Transformar, preservar o que
ainda há a preservar
nos pequenos lugares desenvolver o que ainda somos – sem mais
sim ou não
Nos pequenos lugares- como arcas – salvaguardar – actividades
e simplicidades e tempos e partilhares e humanos momentos para se encontrar – e
além das compulsões e ir e vogar
E deixara atrás esses frios ecos – que em si mesmos- se irão
consumir…
E começar a plantar sementes de esperança nesses nichos de vida que pareciam se
esvair…é juntara pessoas - humanas
gentes – e recursos –actividade perenes – e espaços- que sejam – dos de sempre
– e juntos – nessa solidez latente – a recompor – a sintonia da harmonia que
parecia esquecida – éter tempo para dar tempo ao tempo para que possam
VERDADEIROS SERES HUMANOS A- únicos – e não copiados – crescer e se assumir
como fruto da terra e com aspiração que os ramos de Árvore
de Amor – se elevem aos céus e céus e terra possam de forma simples – de novo
se unir…